A reconstrução do Sistema Único de Assistência social foi tema da 13ª conferência da Assistência Social de Independência

  • Devido ao dinamismo do contexto social, a cada dois anos é feita uma revisão nacional da Política de Assistência Social.

    Assunto: Assistência Social  |   Publicado em: 17/07/2023 às 12:10   |   Imprimir

A reconstrução do Sistema Único de Assistência social (SUAS), O SUAS que queremos e o SUAS que teremos; esse foi o tema da 13ª conferencia da Assistência Social.  

O evento foi realizado pela Secretaria Municipal de Assistência Social, na Câmara de vereadores de independência na sexta-feira, dia 14.

“Essa é uma oportunidade para as pessoas, lideranças da comunidade, representantes de órgãos governamentais e não governamentais, assim como as autoridades presentes, o prefeito João Edécio, o Vice-prefeito Dirceu Fiorim, secretários municipais da assistência social, saúde e educação, discutirmos ideias para que possamos aprimorar os mecanismos de gestão e financiamento da política de assistência social”, pontuou o Secretário de Assistência Social, Jonadan Cândido Staziaki.

O palestrante, o sociólogo Luiz Roberto, trouxe um dado importante a ser observado pelos gestores municipais de pequenas cidades; o retorno das pessoas nascidas no município retornando para a cidade, após se aposentarem. Muitos foram embora para grandes centros, mas ao concluírem sua missão no mercado de trabalho, retornam para cidades que ofereçam mais tranquilidade e qualidade de vida.

“Essas informações são muito importantes para as tomadas de decisão dos gestores”, destacou o prefeito de Independência, Joao Edécio Graef.

Graef exemplificou o cenário lembrando que muitas pessoas nascidas na cidade foram para grandes centros em busca de emprego e estudos, principalmente na indústria metalomecânica e calçadista e, agora com a aposentadoria, retornam para a cidade natal, onde sabem que oferece bom atendimento na rede de saúde, assistência social e segurança. “Tanto é que se você pegar o senso, ele comprova isso. Nós tivemos uma diminuição da população em um certo período, e hoje nós temos um acréscimo, não pela natalidade, mas pelo retorno de pessoas que são originárias daqui do município”, relata o prefeito.

Devido ao dinamismo do contexto social, a cada dois anos é feita uma revisão nacional da política de Assistência social.

Em 2024 será feito o plano plurianual do governo federal, o impacto dos últimos 20 anos dessa política será o tema central das discussões.

“Todos os indicadores de estatísticas oficiais, apontam para o processo de reversão, a partir de 2030. São pessoas que viviam em comunidades pequenas e a partir dos anos de 1960, foram para cidades maiores, e agora querem viver nas suas comunidades de origem”, destaca o sociólogo e palestrante da conferência, Luiz Roberto.

O sociólogo acrescenta que “Isso impõe um grande desafio, pois em 2030, 63% das pessoas serão consideradas idosas, com idade superior a 60 anos de idade. É preciso trazer à centralidade as famílias novamente, entendendo que a família é responsável pelo seu papel, cujas obrigações não cabe apenas ao estado”, enfatiza Luiz Roberto.